Sou entusiasmado pela fotografia desde os 15 anos, pelo menos. Já se vai longe esse tempo; já poderia estar aposentado, mas o artista nunca se aposenta. Inicialmente autodidata, sempre li muito, experimentei muito. Depois me associei à ABAF - Associação Brasileira de Arte Fotográfica, cujos cursos e workshops passei a frequentar. Gosto das fotografias de paisagem, em especial se incluírem alguma pessoa ou animal, o que para mim acrescenta um sentido especial, um sentimento de vida a uma imagem que de outra forma seria fria. Também aprecio fotos de pessoas, tiradas de forma discreta, sem ser percebido, para não interferir no sentimento da cena. Com o nascimento de meu primeiro neto, descobri o prazer de fotografar as expressões da primeira infância: o sorriso descontraído, a concentração pela descoberta de cada novo detalhe desse nosso mundo; fotos em que o instante preciso da captura é fundamental. Mais recentemente as fotos de estúdio, com o controle total da iluminação. Enfim, considero que a técnica é importantíssima, como ferramenta para um bom trabalho fotográfico, mas a capacidade de perceber, capturar e transmitir a emoção, o sentimento de um determinado momento é que tornam algumas fotos e alguns artistas da fotografia realmente especiais para mim. É a diferença entre a fotografia como simples registro e a fotografia como instrumento da arte.

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